O objetivo do
prêmio é identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já
aplicadas e implementadas, que sejam efetivas na solução de questões relativas
à sociedade
Fonte:
Ascom- Inpa
Ferramenta de coleta de frutos de palmeiras arbóreas desenvolvida por técnicos do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTIC) é uma das quatro iniciativas do Amazonas certificadas pela 10ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais. Ao todo foram 118 tecnologias brasileiras e cinco da América Latina e do Caribe.
Vídeo da
coleta de cachos de Tucumã: https://www.youtube.com/watch?v=Pi9gX9JUlMo
A Palmhaste
facilita a coleta de frutos de pelo menos 20 espécies de palmeiras da Amazônia,
com ou sem espinho. Estas palmeiras possuem alto valor econômico, social, nutritivo e funcional
na região, como açaí, bacaba, buriti, coco, patauá, pupunha e tucumã, entre outros. O instrumento proporciona
segurança ao evitar acidentes, agilidade e maior eficiência ao processo de coleta,
já que não requer que o coletor suba nas palmeiras ou espere frutos caírem.
A ferramenta
foi desenvolvida pelo engenheiro florestal Afonso Rabelo, e pelos ilustradores
botânicos Felipe França e Gláucio Belém, vinculados à Coordenação de
Biodiversidade (Cobio/Inpa). Eles trabalham na melhoria do instrumento desde
2013.
“Ter a
certificação da Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais é uma
satisfação enorme, e fico na expectativa de que esse reconhecimento possa
valorizar e ajudar na popularização da ferramenta Palmhaste”, disse Rabelo. A
Palmhaste concorreu na categoria geração de renda.
De acordo com
informações do Prêmio, as iniciativas “reconhecidas como soluções capazes de
causar impacto positivo e efetivo na vida das pessoas, já foram implementadas
em âmbito local, regional ou nacional e passíveis de serem reaplicadas”. Outros
trabalhos do Inpa já foram certificados e fazem parte do Banco de Tecnologias
Sociais, como o purificador de água (Água Box), a solução cravo-da-índia no
controle do mosquito da dengue e óleo de buriti para a indústria de cosméticos
a partir da produção da farinha.
Para a
coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez, este é mais um
momento de construção e fortalecimento do setor de tecnologia social no Instituto.
“Com essa certificação conseguimos o reconhecimento público que o Inpa
desenvolve sim e com primor tecnologias sociais com alta relevância para a
comunidade amazônica”, contou Gutierrez, lembrando que o setor incentivou a
todos e deu assessoria no preenchimento dos documentos necessários para
participação no certame.
Praticidade
Simples e de
fácil manuseio, a ferramenta de 18 metros de altura é feita com tubos de
alumínio naval, foices na ponta da parte superior e acessórios na parte de
baixo para dar equilíbrio, estabilidade e sustentação à “haste”. De quebra, o
conjunto da ferramenta conta ainda com uma lona plástica à prova d’água para
amortecer a queda dos frutos, evitando que eles se espalhem e sejam danificados
na queda.
“O formato
final da palmhaste foi obtido depois de um longo processo de interação com os
grupos coletores (extrativistas e pequenos agricultores) que iam testando o
dispositivo e incorporando melhorias”,ressaltou Rabelo.
Estudos realizados
com Ferramenta Palmhaste
Teste realizado na Estação
Experimental de Fruticultura Tropical do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia) na rodovia BR-174, Km-30, zona rural da cidade de Manaus, AM.
Nesta área, a Palmhaste foi testada nas coletas de cachos de coqueiros gigantes
(Cocos nucifera L.), os quais são muitos difíceis de serem colhidos com a
escalada de pessoas nas árvores ou com o uso de instrumentos caseiros. Durante
seis horas de serviço, foram coletados 500 unidades de cocos. Cada fruto de
coco na cidade de Manaus é comercializado no varejo em média ao preço de R$
3,00, desse modo, o agricultor pode obter uma receita de até R$ 1.500,00 no
dia.
Teste realizado na
Comunidade Areia Branca, rodovia BR-174, Km-15, zona rural da cidade de Manaus,
AM. Nessa comunidade, a Palmhaste foi usada nas coletas de cachos do
açaí-solteiro (Euterpe precatoria Mart.) em ecossistemas de baixio na
floresta de terra firme, sobre áreas de difícil acesso. Durante 4 horas de
serviço, foram coletados duas sacas de 50 quilos de frutos. Cada saca é
comercializada em média por R$ 120,00, podendo gerar uma renda de R$ 240,00. Se
esses frutos forem beneficiados, rendem até 60 litros de vinho de açaí. Em
Manaus, cada litro do vinho é comercializado em média por R$ 10,00, assim
sendo, o extrativista pode obter uma renda de até R$ 600,00 durante o dia.
A Palmhaste é considerada uma solução
inovadora para a Amazônia e está registrada na Rede SDSN – A Plataforma de
Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. Mais informações acesse: http://maps.sdsn-amazonia.org/pt/solution/178
Show. parabens a equipe.
ResponderExcluirSensacional! Parabéns! Mas, como fazer para acessar seu blog?
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